O diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira, disse que é necessário avançar com as pesquisas geológicas e impulsionar a cadeia produtiva sustentável dos minerais estratégicos para garantir a soberania nacional durante audiência promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática do Senado Federal, no dia 10 de setembro. “O setor mineral está dividido nas etapas iniciais de pesquisa e avaliação da pesquisa. Apenas depois, se instala um empreendimento mineiro. Para chegar a esse processo, existe um longo caminho a ser trilhado e que passa por muita pesquisa”, afirmou Silveira.
Ele mencionou ainda que o Brasil tem dimensões continentais, com 8,5 milhões de km² e mais 5,7 milhões de km² de área marinha, e o SGB é o responsável por gerar conhecimento sobre o território nacional. “Quem pesquisa sobre geologia e recursos minerais, quem traz conhecimento geológico primário do país é o Serviço Geológico do Brasil (SGB)”, disse, enfatizando que há 56 anos o SGB realiza estudos e desenvolve projetos voltados para atender o setor mineral, como o “Projeto Avaliação do Potencial de Terras Raras”.
Na ocasião, o diretor reforçou que o Brasil tem vasta diversidade geológica e áreas propícias para a ocorrência de diversos minerais: “O Brasil tem pelo menos um depósito de classe mundial desses elementos que são considerados críticos para o mundo, especialmente para transição energética, segurança alimentar, defesa e corrida espacial”. O Brasil detém 94% das reservas globais de nióbio, com 16 milhões de toneladas, é o segundo maior em reservas de grafita, com 74 milhões de toneladas (26%), e terras raras, com 21 milhões de toneladas (23%). As reservas de níquel somam 16 milhões de toneladas (12%) e o Brasil tem a terceira maior reserva no ranking mundial. Os dados são da publicação “Uma Visão Geral do Potencial de Minerais Críticos e Estratégicos do Brasil”, do SGB, e são do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Atualmente, 30% do território está mapeado na escala 1:100.000, considerada mínima ideal para investimentos, por apresentar informações mais detalhadas sobre as potencialidades minerais. Segundo o diretor Valdir Silveira, é preciso fortalecer as pesquisas para que o país conheça todo seu potencial e tenha ainda mais destaque no cenário internacional. O SGB tem avançado com os trabalhos, orientado pelas diretrizes do governo federal, estabelecidas em documentos como Plano Nacional de Mineração 2030, Plano Plurianual 2023-2027 e Plano Decenal de Pesquisa de Recursos Minerais 2025-2034.
Fonte: Brasil 61