O Serviço Geológico do Brasil (SGB) acaba de lançar o Mapa Geológico da Região Centro-Oeste, que destaca as unidades estratigráficas presentes no território, acompanhado por um encarte técnico detalhando os principais compartimentos geológicos da região. Além disso, contém uma classificação das formações de acordo com suas eras e períodos geológicos, proporcionando uma visão ampla da história geológica da região Centro-Oeste ao longo de bilhões de anos. “A região Centro-Oeste é dominada por bacias sedimentares, como a do Paraná (com sedimentos paleozoicos, mesozoicos e coberturas basálticas) e as bacias interiores do Parecis, Bananal e Pantanal (com sedimentos quaternários recentes), importantes para aquíferos e a geomorfologia atual”, afirma o pesquisador do SGB Frank Gurgel. Sob essas bacias estão escudos cristalinos muito antigos, do Pré-Cambriano, como a Província Tocantins e o Cráton Amazônico, formados por rochas como granitos, gnaisses e migmatitos que datam de bilhões de anos.O estudo representa um importante avanço no conhecimento geocientífico da região, fortalecendo a infraestrutura técnica disponível para políticas públicas, atração de investimentos e gestão ambiental. Gurgel explica que, entre os principais recursos minerais da região, estão: ouro e manganês, além de ferro, níquel e diamantes em certos setores do escudo cristalino. “A exploração de calcário e fosfato em sedimentos da Bacia do Paraná também é relevante, especialmente para a indústria de cimento e fertilizantes”, complementa. Além disso, o Centro-Oeste abriga parte do aquífero Guarani, que, embora esteja mais presente na Região Sudeste, estende-se parcialmente ao Centro-Oeste, sendo vital para o abastecimento de água subterrânea e com grande valor estratégico.
Com o mapa, a Região Centro-Oeste passa a dispor de uma ferramenta cartográfica moderna e confiável, essencial para impulsionar a pesquisa mineral e a valorização dos recursos naturais locais. O produto está disponível na escala 1:2.500.000, nos formatos PDF e JPEG, e o mapa foi estruturado em Sistema de Informações Geográficas (SIG). Essa iniciativa faz parte da Ação Geologia para Mineração e Desenvolvimento Sustentável do Programa Mineração Segura e Sustentável, conduzida pelo SGB.
Fonte: Brasil 61