Segundo números do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram seis milhões de toneladas em agosto de 2025, uma queda de 2,5% na comparação com o mesmo mês de 2024. No entanto, no acumulado do ano até agosto, as vendas totalizaram 44,2 milhões de toneladas, um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do último ano.
O mercado imobiliário, importante indutor do consumo do cimento, registrou queda de 6,8% dos lançamentos no segundo trimestre de 2025 em relação ao ano anterior. Houve ainda uma reversão de tendência na performance do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no último trimestre. Os lançamentos do MCMV caíram 15,5% na mesma base de comparação, reduzindo sua participação no total do mercado imobiliário. A piora na expectativa para os próximos meses também afetou a construção civil, que registrou queda no indicador da confiança para o menor nível desde maio de 2021. A escassez de mão-de-obra e o acesso ao crédito permanecem como as principais limitações atuais dos negócios.
Na indústria, a queda do indicador de confiança ao menor patamar desde a pandemia reforça a tendência de insegurança entre os empresários. A combinação entre a contração da política monetária e o aumento da incerteza, intensificada pelas novas taxações americanas sobre produtos brasileiros, configura um cenário desafiador para o setor frente a eventuais reflexos negativos a economia, afetando o consumo de cimento. Ainda assim, o setor cimenteiro segue otimista com a sazonalidade nas vendas do produto que tem, historicamente, um melhor desempenho no segundo semestre. “A meta estabelecida pelo governo federal para o programa Minha Casa, Minha Vida de atingir dois milhões de moradias de 2023 a 2026, e possibilitará um consumo de 10 milhões de toneladas de cimento no período. Os sistemas construtivos em alvenaria estrutural e parede de concreto têm avançado em todo o País, devido à economia, agilidade, competitividade e ao trabalho que a indústria brasileira do cimento tem feito de engajamento e capacitação dos profissionais nas empresas da construção civil”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Fonte: Brasil 61